sábado, 2 de maio de 2009

Noites de Yelda


Às vezes eu o odeio. Às vezes eu o amo. Mas, sem dúvida, o que mais me irrita é ver você fingindo que nunca aconteceu nada.
Eu o vejo cada vez mais como um boneco de neve... Que derrete mais a cada dia. Frio, instável, intocável, fadado a viver dias iguais e principalmente acomodado. Acomodado e sem a mínima esperança de esforço!
Eu só queria poder respirar fundo, olhar bem no fundo dos seus olhos e dizer: "Vá pra PUTA QUE PARIU e leve essas malditas lembranças!"
A mim restou apenas a ilusão de que, talvez, pudesse ser diferente. Mas suas ações fazem com que eu me distancie cada vez mais disso. Eu simplesmente não posso e não consigo dizer essas palavras porque eu sei que se dissesse, você simplesmente não se importaria. Isso é exatamente o que me prende a você... Eu sou covarde afinal.

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Em memória do que hoje são apenas personagens, que eu gostaria de eliminar completamente de minhas inconvenientes lembranças.
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"Te vejo errando e isso não é pecado. Exceto quando faz outra pessoa sangrar. Te vejo sonhando e isso dá medo, perdido num mundo que não dá pra entrar. Você está saindo da minha vida, e parece que vai demorar...
Mas você tá sempre indo e vindo, tudo bem.
Dessa vez eu já vesti minha armadura. E mesmo que nada funcione eu estarei de pé, de queixo erguido.

Eu não ficaria bem na sua estante, afinal!
Eu estava aqui o tempo todo, só você não viu."